Herbst, Outono terceira estação do ano, para mim uma das estações mais bonitas, as cores das folhas, os bosques o cheiro a caça, cogumelos, musgo, fumo das lareiras, altura própria para beber grandes vinhos.
Porque os queijos estão curados, os presuntos estão no ponto ideal, aparecem as castanhas, caça, os primeiros cogumelos, noites mais frias para os tintos, quem tem, acende a lareira, e observa as chamas, juntando a cor de um bom vinho ................. sou nostálgico e romântico, só por isso adoro esta linda estação do ano.
Bom, depois desta fantasia, e porque o
Vila Santa 2007, que aqui voltei a provar, um Blend de Aragonez, Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Alicante Bouschet com estágio em barricas de carvalho novo e estágio em garrafa, a subtileza enológica de João Portugal Ramos, um bom conhecedor destas castas, e de todo o Alentejo, espero uma agradável surpresa.
Já depois da prova, a confirmação, um clássico moderno, bem feito, com bonita cor carmim escuro com reflexos violetas, límpido, brilhante, deixa grossas lágrimas no copo, devido ao alto teor alcoólico(14º
vol.
alc.) no nariz sobressaem os aromas a rebuçados de
myrtilhos e amoras selvagens, madeira muito bem integrada, finíssima e de óptima qualidade.
Depois de 1/2 hora no copo,
Aragonêz no seu melhor, a
Touriga a mostrar o seu lado de
Lolita, mais floral que carnal, algum Alicante
Bouschet, ligeiro aroma de agua de azeitonas, boa madeira e muita fruta madura.
Gostei de revisitar este clássico que para mim foi dos melhores alentejanos que provei, logo que saio no mercado.
Não esquecendo os belíssimos vinhos que fazem pelo meu Alentejo fora, continuo a dizer que os pioneiros são mestres(João Portugal Ramos, Luís Duarte, Rui
Reguinga, António Saramago e João
Melícias) os homens que melhor conhecem o Alentejo e dele tiram o melhor proveito na arte de bem vinificar por terras alentejanas.
Sim, também temos, o
Oscar Gato, Pedro Baptista, David
Baverstock e tantos outros com influencia decisiva na produção de bons vinhos alentejanos. Espero que o J.P.Ramos não parta para o Douro e esqueça o Alentejo, mas quem poderia abandonar as belas instalações em Estremoz?
Caros amigos no próximo fim de semana temos a Festa do Vinho e da Vinha em Borba, espero não faltar.
Abraços
vinícos
José Baião